O rio que perdeu as margens

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Todo o livro é poesia pura. Isabel Allende afirma que “O poeta e o padeiro são irmãos na essencial tarefa de alimentar o mundo”. Este livro alimenta a alma de qualquer pessoa.
– Ana Paula Fortuna

 

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Descrição

Parece-nos impossível ler este livro de uma forma tradicional, pois o pensamento corre como um rio caudaloso, cumprindo a sua função, havendo, no entanto, momentos em que se detém, atento e deslumbrado com a vinha, dialogando com a poupa, sentindo e provocando um turbilhão de emoções poéticas. Em tudo há rio, chuva, ou ausência dela, há sol, ou a sua metáfora, e fogo nas montanhas que ombreeiam umas com as outras. Há perfeita comunhão com a terra/paisagem que viaja dentro dela e que contém um rio que, por sua vez, se recolhe em nós quando chove. E há ar, voo, liberdade, sonho, “castelos no ar” de que afinal é feita a vida, sob pena de esta ficar sem sentido.
Todo o livro é poesia pura. Isabel Allende afirma que “O poeta e o padeiro são irmãos na essencial tarefa de alimentar o mundo”. Este livro alimenta a alma de qualquer pessoa. Todos os dias se pode partir para onde a poesia nos transporta, num barco rabelo, rio acima ou rio abaixo, nas asas de uma rola que nos lembra que não sabemos voar, mas que ignora que os olhos, como diz o autor, “crescem e repartem-se aos bocadinhos pelas coisas e paragens, quando as vêem com gosto, pegando então nelas e guardando-as dentro de si onde continuam a luzir à beira dum sítio verde chamado alma”.
(…)
A própria escrita apresenta-se como um jogo que, tal como uma criança, o escritor domina: recolhe não sabe de onde a bola, que transforma num conto, num poema, e atira-a para outras mãos, as do leitor que, por sua vez, joga, lendo, reescrevendo o que lê. Aliás, o escritor também leu, o quê nunca saberá ele:
“Vede agora o escritor que num papel ou no computador escreve os seus poemas, um romance algum conto ou uma peça de teatro. Não repete ele o jogo infantil, primeiro ao recolher em suas mãos, vinda não sabe donde, uma bolinha longínqua, um arder necessário, que depois lança para outras mãos?
Se escrever é jogar, ler é partilhar o jogo da vida. Sinais. Cada leitor tem a sua maneira própria de ler. Reescreve o que lê e isso é bom. A ler também se joga. Joga-se duas vezes. Dantes, o escritor também já tinha lido, muito, fora e dentro de si. Leu o quê? Algum dia chegará a saber?” 1

  1. FORTUNA, Ana Paula – O rio que perdeu as margens de António Cabral. Boletim Cultural. Vila Real. ISSN 0871-7761. N.º 14 (2008), pp.48-50

Informação adicional

Peso 275 g
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