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    Jogos Populares

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Prosa & Poesia – Jogos Populares | Em memória do poeta, ficcionista, cronista, ensaísta, dramaturgo, etnógrafo e divulgador da cultura popular portuguesa

  • Crianças a brincar Porretas & Bugalhos

    Se a música tem a idade dos pássaros e dos ventos na janela, esta banda também e com ela a minha infância. Bandinha de Porretas & Bugalhos, gloriosa bandinha, que ainda hoje vejo passar nas ruas em declive, voo rasante comigo dentro. Perdi muita coisa desde então e a primeira foi a noção do tempo […]

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  • Crianças a brincar Três jogos populares infantis

    A actividade lúdica tem uma importância fundamental na vida da criança, pois lhe acompanha, condiciona e promove o desenvolvimento. Brincar é não só uma necessidade mas também um direito da infância. - António Cabral, Jogos Populares Infantis Macaquinho do Chinês Junto de uma parede está uma criança (macaquinho do chinês) de costas voltadas para outras, [...] Continuar a Ler
  • Pulhas As pulhas e os casamentos

    – Ó CA-MA-RA-DA… A…A!…

    – Uma “pulha” – diz Aninhas mal disposta, olhar atento. – Embirro do Entrudo só por estas malditas “pulhas”. Põem ao léu a verdade e a mentira do bom e do mau…

    A este tempo já de outro ponto eminente, da Horta do Ferrão, para que os pregões se cruzem sobre o povoado, outra voz, também cavernosa, também arrastada, também através de uma buzina:

    – Que… é… lá – á – á?

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  • Crianças a brincar O jogo popular. Que futuro?

    Crianças a brincar Se dividirmos os jogos populares em físicos, mentais e artísticos, caso respectivamente da malha, adivinhas e desgarradas, temos de reconhecer que os primeiros são os que mais se têm identificado como jogos, quer a nível de estudos, quer da animação sociocultural. E sobre esses direi que, mais que os outros, têm perdido [...] Continuar a Ler
  • Carnaval Símbolos de Carnaval

    Toda a cultura é simbólica. O que é preciso é estar atento ao significado dos símbolos. Vejamos alguns. 1. Os carnavais da sora Professora Sobretudo nas aldeias, era interessante ver a ganapada em cortejo, a cantar e a tocar no que vinha à mão, rumando à escola onde a sora Professora (ou professor, claro) aguardava [...] Continuar a Ler
  • Corrida de cântaros em Alijó (do espólio do autor) Corrida de almudes

    Corrida de cântaros em Alijó (do espólio do autor) Ainda me lembro de um rapaz e de uma rapariga que, na minha aldeia, corriam ao desafio, cada qual com o seu caneco de almude cheio de vinho mosto à cabeça. Toda a vinificação se fazia praticamente na aldeia e, como nem todos os lavradores tinham [...] Continuar a Ler
  • Pai da Carne O Pai da Carne

    É assim que lhe chamam em Cheires (concelho de Alijó): Pai da Carne – um grande boneco de palha e trapos, com um falo monumental. A festa acontece na noite de Terça-Feira Gorda e é um dos luxos da rapaziada, um luxo que no fundo é um ato de expansão instintiva onde rumoreja um simbolismo que deve ser analisado.

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  • Jogo das panelas suspensas As panelas suspensas

    Na Idade Média praticavam-se as cavalhadas (do castelhano caballadas), torneios de cavaleiros que, com um pau ou uma cana e cavalo à desfilada, procuravam tocar em objetos suspensos de uma corda. O jogo das panelas com burro terá aí a sua origem. Espécie de imitação burlesca. Mas este jogo pode dispensar, como mais acontece, os [...] Continuar a Ler
  • Cavalinho (Pinhão, Carnaval de 1999) Uma tradição popular do Carnaval

    Eu era ainda pequeno, 6 ou 7 anos, talvez um pouco menos, um pouco mais, tento abrir uma janela nos véus ondulantes da memória, ele subia pela rua acima, chongla-chongla, e nós espreitávamos pelas grades do adro, uma curiosidade receosa, uma quentura a subir aos olhos e a fazê-los arder em bolinhas azuis. Era uma [...] Continuar a Ler
  • Festa dos Rapazes por Raquel Costa A Festa dos Rapazes

    O Padre Belarmino Afonso conta que, num dia 26 de Dezembro, chegou a Deilão (concelho de Bragança) para celebrar missa, ficando intrigado com os choros e grande barulheira que ouvia na rua. Suspeitando que se tratava de brincadeira dos rapazes da aldeia, acercou-se do local donde vinha a algazarra e pôde apreciar um simulacro lúdico de funeral em que os acompanhantes, com trejeitos bizarros, gritavam a bom gritar, gritos que traziam dentro de um riso de chacota e folia. Numa escada a servir de esquife via-se um rapaz, o morto, seguido de outro rapaz grotescamente vestido de padre que, com a seriedade possível, recitava um “reco eterno” (um requiem) de latim estropiado e ajustado à circunstância. De quando em quando, aspergia o infeliz com água benta, ou antes, com uma água qualquer tirada de um charco e posta num caldeiro velho.

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