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    Poesia

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Prosa & Poesia – Poesia | Em memória do poeta, ficcionista, cronista, ensaísta, dramaturgo, etnógrafo e divulgador da cultura popular portuguesa

  • De e sem

    A política de cera e a cera da política. A solução sem governo e o governo sem solução.

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  • Leonor (Xícara) Leonor

    A Leonor continua descalça, o que sempre lhe deu certa graça. Pelo menos não cheira a chulé e tem nuvem de pó sobre o pé. Digam lá se as madames do Alvor são tão lindas como esta Leonor. Um filhito ranhoso na mão, uma ideia já podre no pão. Meia dúzia de sonhos partidos, a [...] Continuar a Ler
  • Vendedor de castanhas Dia de S. Martinho

    I S. Martinho, S. Martinho, S. Martinho milagreiro, Dá-me um saco de castanhas, Pois tu és um castanheiro. Se não fazes um milagre, Terás de vender a capa, Porque lá diz o ditado: Quem tem capa sempre escapa. REFRÃO Dá-me castanhas bem assadinhas e, a acompanhar, duas sardinhas. Quentes e boas, dá-me castanhas dos castanheiros [...] Continuar a Ler
  • Ouve-se um rumor por Ribeiro Aires

    No 5º aniversário do adeus de António Cabral, a minha homenagem em verso Ouve-se um rumor Não sei de onde Não sei de quê. Será o Douro em Castedo Por Cabral a soluçar? Ouve-se um rumor ânsia das palavras soltas do poema por escrever quando ainda o andavas a armar? Ouve-se um rumor Não sei […]

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  • António Cabral na Pedra Furada, vinha duriense da família (anos 70) Aquele que trazia uma vinha guardada

    A António Cabral, no 5.º aniversário da sua morte Aquele que trazia uma vinha guardada na gaveta mais íntima da alma não pode ter morrido. Digamos que emigrou, com vontade de um dia regressar, voltar a ver o rio, afagá-lo como se afagam as cãs de um velho pai. Felizmente para nós, não pôde levar [...] Continuar a Ler
  • O verde

    O verde é a cor mortal por excelência, por isso mondar as campas rasas é sabê-lo de cada vez, avivando a imagem de quem ali está; e os jazigos de pedra não se apercebem disso. “Anima bella daquel nodo sciolta”, disse Petrarca. Verde, eis a verdadeira cor da palavra poética. Ninguém a lê sem mondar [...] Continuar a Ler
  • Quinta da Ervamoira (1987), por Georges Dussaud Versos que parecem uma brincadeira mas não são

    Quinta da Ervamoira (1987), por Georges Dussaud I O Douro gera vinho e pedra; vida - - pedra é o que gera: pedra nua bem os- suda, bem os- suda, bem des nuda.   II O Douro gera vinho e pedra - disse al- guém que Deus lá tem, disse al- guém que quis di- [...] Continuar a Ler
  • Amadeu Baptista, Prémio Literário António Cabral 2011 Amadeu Baptista

    Prémio Literário António Cabral 2011 Juízo Final na Capela Sistina por Michelangelo Juízo final Eu entendo que a arte é um refinamento do choque, vai-se a ver e tudo está no colapso da infância, esse sulco onde o corpo se fere pela primeira vez e os olhos, restituídos à dimensão do escuro, navegam. A infância [...] Continuar a Ler
  • In sofrimento (Graça Morais) Vilar de Perdizes

    In sofrimento (Graça Morais) Da relação com o desconhecido vive o Congresso de Medicina Popular em Vilar de Perdizes. Um lacrau passeia douradamente no antebraço do curandeiro. E certa mulher, que havia urinado a sabedoria deste mundo e do outro nuns codessos, deixa-se morder. O cancro resistirá ao veneno (sabe- -se lá) mas a flor [...] Continuar a Ler
  • Transporte de cortiça, Alentejo (décadas de 1950-60). Foto de Artur Pastor. Os nossos governos

    Transporte de cortiça, Alentejo (décadas de 1950-60). Foto de Artur Pastor. Numa coisa os nossos governos têm sido escrupulosamente cristãos: mantêm a agricultura pobre para cumprir a profecia de Cristo que diz: pobres sempre os tereis convosco. Emigração clandestina Ler mais Continuar a Ler