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Prosa & Poesia – Crónica | Em memória do poeta, ficcionista, cronista, ensaísta, dramaturgo, etnógrafo e divulgador da cultura popular portuguesa

  • Feira de Montalegre (décadas de 1950-60) por Artur Pastor Cantares de cegos

    Feira de Montalegre (décadas de 1950-60) por Artur Pastor (fonte) Viam-se com frequência nas feiras da nossa terra cegos a cantarem com o fito na esmola das pessoas que entretanto os rodeavam. Pessoas muitas vezes interessadas, até à emoção, nas geralmente suaves e dolentes histórias que iam ouvindo. Esses tão simpáticos herdeiros dos jograis medievos [...] Continuar a Ler
  • São Sebastião, estampa religiosa (1700-1850?) Feira dos namorados em Vila do Conde

    São Sebastião, estampa religiosa (1700-1850?). Fonte: BNP. Fui lá uma, duas… olhe, aí umas três vezes. Que é como quem diz três ou quatro anos. Era a feira mais catita de Vila do Conde. Sempre, batia sempre no dia de S. Sebastião: no vinte de Janeiro, como o senhor deve saber. Ora… claro que sabe. [...] Continuar a Ler
  • Festa das fogaceiras Festa das fogaceiras

    Festa das fogaceiras Em 1749 e 1753 não se cumpriu a promessa dos feirenses ao Mártir S. Sebastião. Tanto bastou, reza a tradição, para que a peste voltasse a terras de Santa Maria da Feira. O carácter lúdico da festa e procissão das Fogaceiras, em honra de S. Sebastião, prende-se à evocação mítica em que [...] Continuar a Ler
  • Livro antigo Camilo e o livro de S. Cipriano

    Em Vinte horas de liteira diz-nos Camilo que perguntou a um seu companheiro de viagem, António Joaquim, se não tinha uma história de feitiços para lhe contar, enquanto a liteira ia de longada desde Ovelhinha (Marão) até ao Porto. E o interpelado respondeu-lhe que no género mágico sabia uma ocorrida com o seu tio João [...] Continuar a Ler
  • Meninas, Georges Dussaud O jogo autárquico

    Certos órgãos do poder, não só em Portugal, cultivam a superficialidade porque ela, sendo o espaço imediato, se converte facilmente num meio de promoção. O que lhes importa é a acção vistosa e concordante com as tendências do gosto dos espectadores, o qual é na generalidade o gosto para esquecer o quotidiano, o gosto-passatempo. Os [...] Continuar a Ler
  • Botafumeiro, Catedral de Santiago de Compostela (por Geoff Fox, Flickr) Ainda o caminho de Santiago

    Pelo que disse no número anterior, parece justificar-se a existência de placas nalgumas estradas portuguesas a atestarem que por ali passaram peregrinos rumo a Compostela. Mas atenção, leitores, isto de alcançar o título oficial de peregrino não é pêra doce. É preciso jornadear pelo menos cem quilómetros a pé ou duzentos de bicicleta. Coisa que [...] Continuar a Ler
  • Capa da revista 'Ilustração', n.º 60 de 16-6-1928 (ilustração por Jorge Barradas) Valham-nos os santos populares

    Capa da revista 'Ilustração', n.º 60 de 16-6-1928 (ilustração por Jorge Barradas). Fonte: Hemeroteca de Lisboa. A onda de direita que assola a Europa tem na crista uma luzinha que atrai os eleitores e essa luzinha é a promessa de instalar a ordem, pondo cobro à violência e ao crime. De facto a esquerda não [...] Continuar a Ler
  • Diário de Notícias. Foto de Alfredo Cunha. Quadras e quadros

    Diário de Notícias. Foto de Alfredo Cunha. Gosto de me servir dos dicionários. Quantas ideias me oferecem, sem pedirem em troca mais do que o preço de os comprar e/ou consultar! Abro o Petit Larousse e leio (traduzo): “revolução: mudança brusca e violenta na estrutura económica, social ou política de um Estado”. É evidente que [...] Continuar a Ler
  • A Leste de Ferrão, Douro, por loose_grip_99 (Flickr) Junqueiro na berlinda

    "Inquiriram, uma ocasião, de Junqueiro que paisagem portuguesa preferia. Respondeu: - Prefiro o Buçaco e as praias do Sul. A floresta e o mar são as aproximações do infinito. A floresta é uma oração; o mar uma grande messe de ondas. - E Barca de Alva, Sr. Junqueiro? - Barca de Alva é demasiado trágico [...] Continuar a Ler
  • Soutelo do Douro: homens dos lagares (Quinta dos Aciprestes) por Emílio Biel Historinhas de Galegos no Douro – parte 3/3

    As chouriças doces Ao fim duns tempos, juntaram-se os três grupos porque já tinham saudades uns dos outros. Foram dar a uma aldeia onde se distribuíram por quatro casas de lavoura. A um rancho numa delas deram-lhe chouriças doces com água-pé. Comeram, comeram e tanto gostaram que pediram à patroa-nai [1. mãe] que lhes ensinasse [...] Continuar a Ler